Bem-vindos ao altar da desgraça, onde reside a solidão.
Bem-vindos à alma devassa, que por tudo nada passa, perdidos na escuridão.
Bem-vindos ao meu desespero, ao desassossego irrequieto de uma ânsia primal e preemente.
As boas vindas vos dou ao túmulo de um futuro que não será: um plano bem delineado, totalmente gorado. Apodrece na raiz do sonho, envolto em vã esperança pútrida, aquilo que podia ser, desejos de criança.
Acomodem-se bem, caros convidados, o espectáculo começa quando estiverem todos instalados. Da miséria, o retrato; do falhanço, o rosto; da solidão, o rasto; da falência de um esforço.
Escutem a música da alma quebrada, o negro cenário, a dança não coreografada. Observem o alcatrão onde penas se reproduzem, lamentos que tão bem da minha alma drenas, acordes de uma morte anunciada mas que teima em chegar.
nas asas fosforescentes da noctívaga borboleta, nascem sonhos e crescem vocábulos, qual fio de seda do Japão
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domingo, 9 de agosto de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
A mim não me basto
Herbívoros complacentes
se passeiam pelo pasto.
Para mim não me basto.
Carreiros de formigas
juntando provisões.
Sonho em forma de canções.
Penas de asas soltas
esvoaçam no azul céu.
Fuga deste coração meu.
Pétalas e pólen
levados pelo vento.
Não me chega o contentamento.
Crianças correndo
entre louras searas.
Minhas são mil caras.
Fresco riacho
escorrendo pelos seixos.
Um sorriso nos queixos.
O sol poente
que arrefece o dia.
Se pudesse, o que eu faria!
se passeiam pelo pasto.
Para mim não me basto.
Carreiros de formigas
juntando provisões.
Sonho em forma de canções.
Penas de asas soltas
esvoaçam no azul céu.
Fuga deste coração meu.
Pétalas e pólen
levados pelo vento.
Não me chega o contentamento.
Crianças correndo
entre louras searas.
Minhas são mil caras.
Fresco riacho
escorrendo pelos seixos.
Um sorriso nos queixos.
O sol poente
que arrefece o dia.
Se pudesse, o que eu faria!
sábado, 3 de maio de 2008
Styx
Bem-vindos à minha casa,
A casa daquele que morre
E renasce sem fim.
Bem-vindos ao domínio
Onde a Morte é Senhora,
Onde termina o suplício
E a paz intensa te devora.
Bem-vindos ao fim da existência,
Ao limbo, ao Styx...
Onde já nada é ausência,
Onde terminará de novo a vivência.
A casa daquele que morre
E renasce sem fim.
Bem-vindos ao domínio
Onde a Morte é Senhora,
Onde termina o suplício
E a paz intensa te devora.
Bem-vindos ao fim da existência,
Ao limbo, ao Styx...
Onde já nada é ausência,
Onde terminará de novo a vivência.
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