sábado, 31 de outubro de 2009

pattern


Pin-striped,

argyled,

polka-dotted,

checkered smile. 

Clean-wiped, 

un-guiled, 

newly charted, 

singled style.

domingo, 11 de outubro de 2009

This is the poem, these are the words

This is the poem that would be.

These are the words meant to say.
This is the me only I see.
These are thoughts at the end of day.
This is a song of silent chords.
These are drums of beating hearts.
This is a tango of flaming swords.
These are steps becoming shards.
This is now, then and never.
These are times of endless want.
This is becoming, eternal, forever.
These are all those "I can't".
This is what my pen does.
These are pauses in thought.

This is the poem that never was.

Jogo

Roubo os dados
lanço-os na mesa
À força retirados
das garras do destino,
embora me aflija aposto
na incerteza.
Traço o percurso
de mim
para mim
por mim.
Sujeito a desvios
ora
pois
a vida é assim.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Last cry of a broken soul

Genii of my existence, how i have searched for you. How I have waited for you. How I have longed for you!
All these years, this void, this notion of being incomplete and not knowing why! This missing you without knowing you, my outer soul, my inner self.
Looking deep within for what was out and reaching far away for what was close. What an utter fool was I! But, such as it is said, we grow. Live and learn. Know thyself... and love thyself. Find your completion in your virtues and, more importantly, in your flaws.
Worn out sentences, same old clichés, but still valid, still so true: know yourself, value yourself, fear not showing the real you to the world! Some may love you, some may hate you, some may not even notice you... and all the in-betweens. It has always been that way.
Still, no matter what, live to your fullest, being true to who you are.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Broken barren and hollow

There is nothing left inside
the barren waste now sheds its last drop
as the soil goes cold and dead
the tears finally stop.

I re-negate myself
as I so often do
but somehow this time
I just know it's through.

There is no rhyme or reason
no time and surely no season
the earth remains silent and dead
there is no more path to tread.

I fail once again
in the main course of study.
I once again am shown
that I am to be none, to do none, to know none.

I present my resignation
the position of shitty friend does not suit me anymore
There you go, life, I quit
leave me be and close the door.

There is no path and no companion
no one to read my soul
I choose now to remain silent
as a way to keep control.

There is nothing left for me
having destroyed all I had
All I touch becomes broken
and that's why I am so sad.

No more demanding from me
rest assured and breathe relief
I shall be the pain and more
and change my name to grief.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Meu Amor

O meu amor
tem lábios de silêncio
e mãos de bailarina
e voa com o vento
e abraça-me
onde a solidão termina.

O meu amor
tem trinta mil cavalos
a galopar no peito
e um sorriso só dela
que nasce quando
a seu lado eu me deito.

O meu amor
ensinou-me a chegar
sedento de ternura
sarou as minhas feridas
e pôs-me a salvo
para além da loucura.

O meu amor
ensinou-me a partir
nalguma noite triste
mas antes ensinou-me
a não esquecer
que o meu amor existe.

- O meu amor existe, Jorge Palma


E é tão bom sentir assim, com certezas reais e sonhos inocentes...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Preces a um deus menor



Oh
Senhor da Escuridão, Daemos e Phobos da minha alma, porque me atormentais? Receio insano, temor sobre-humano, medo irracional!


Oh Senhora da Solidão, Somnus onírico do meu futuro, porque me esqueceis? Vazio expansivo, vácuo interminável, sofrer não justificado!


Oh
irmão da alma, sangue do meu sentir, porque me haveis abandonado? Conforto frio, carinho vão, toque inócuo!


Oh
anjo negro, paixão tépida da minha existência, porque vos levaram de mim? Desejo inacabado, anseio pútrido, amor sem mim!


Oh
minha melhor parte, Irmã e Mestre do meu ser, porque me deixastes? Companhia ausente, apoio esquecido, saudade premente!


Oh
Ego, eu que mais te escondes, porque sofremos assim? Ânsias, anseios, sonhos!" Falhas, derrotas, vidas perdidas!


Oh
companheiros, secretos camaradas da minha esperança, porque não a alimentais? Sonho presente, querer constante, futuro que não mais!


Oh
, meus amigos, não mais! Fazei da tristeza, riso; do sonho, verdade; da mágoa, lembrança; da saudade, amor! Vinde cantar uma lágrima e dançar no batimento de corações que anseiam sempre por mais!

domingo, 9 de agosto de 2009

Amar(guras)

Bem-vindos ao altar da desgraça, onde reside a solidão.
Bem-vindos à alma devassa, que por tudo nada passa, perdidos na escuridão.
Bem-vindos ao meu desespero, ao desassossego irrequieto de uma ânsia primal e preemente.

As boas vindas vos dou ao túmulo de um futuro que não será: um plano bem delineado, totalmente gorado. Apodrece na raiz do sonho, envolto em vã esperança pútrida, aquilo que podia ser, desejos de criança.

Acomodem-se bem, caros convidados, o espectáculo começa quando estiverem todos instalados. Da miséria, o retrato; do falhanço, o rosto; da solidão, o rasto; da falência de um esforço.

Escutem a música da alma quebrada, o negro cenário, a dança não coreografada. Observem o alcatrão onde penas se reproduzem, lamentos que tão bem da minha alma drenas, acordes de uma morte anunciada mas que teima em chegar.

sábado, 8 de agosto de 2009

Luz vítrea


Catedral de Palma de Maiorca... pré-gripe A, asseguro-vos! Não há contágio virtual a temer!

Entre rochas e ondas balanço esquecida


Para todos aqueles para quem o mar é um amigo, conselheiro, calmante...
aqui vos deixo um bocadinho do meu mar, de lágrimas centenárias feito.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A mim não me basto

Herbívoros complacentes
se passeiam pelo pasto.
Para mim não me basto.

Carreiros de formigas
juntando provisões.
Sonho em forma de canções.

Penas de asas soltas
esvoaçam no azul céu.
Fuga deste coração meu.

Pétalas e pólen
levados pelo vento.
Não me chega o contentamento.

Crianças correndo
entre louras searas.
Minhas são mil caras.

Fresco riacho
escorrendo pelos seixos.
Um sorriso nos queixos.

O sol poente
que arrefece o dia.
Se pudesse, o que eu faria!

Seasons of me

Like the Winter sun
whose warmth is shy
I feel cold.
Like the Summer heat
so high
I feel bold.

Like the weather
around the year
I change.
Like a flower
blooming late
I grow.

Like Spring showers
on the land
I sometimes cry.
Like Autumn leaves
through the ground
I go round.

Like the weather
around the year
I change.
Like a flower
blooming late
I grow.

sábado, 25 de abril de 2009

Lânguido Sonho



Arrasta-se

em

passo

rápido

um pensamento batimento

de coração

fica por aqui.

Janelas opacas de luz sol

de olhos que internos

teimam em fugir.

Em fogo lento

se estufam ideias

de frenético querer

de ânsia intermitente

de constantemente

inconsequente

lânguido sonho

almejar obter.