sábado, 25 de dezembro de 2010

Dia de Natal

Dia de Natal, mas que data fatal!
Que desgraça, que destravio, que seguimento em corropio!
Que tristeza assoladora, que crueza total, realidade assustadora!
Dia de Natal, findo enfim... peso do mundo que se acomoda a mim.

Mas desta vez não vai ser como queres, Natal castrador!
Não vou ceder à tradicional tristeza e dor!
E eis que algo surge e me faz recuar
e mal dou por mim estou a chorar.

Bem, já passou, choro e Natal
Até para o ano, que te demores
ò data fatal

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Puer Natus in Bethlehem

Pois é, aproxima-se o Natal e a passos largos... este ano sinto uma amargura relativa a esta época. Para onde quer que me vire, tudo me parece decorado com tanto cinismo como luzes, incluindo eu. Será isto chegar à idade adulta? Então, rejeito o "adultismo", criança para sempre!

Enfim, mas de facto a razão deste post é outra: a NOITE MAIS LONGA DO ANO. Estamos nela, no Solistício de Inverno, em pleno Yule! Noite mágica, triplamente neste 2010: solistício, Lua Cheia, eclipse lunar, tudo na mesma noite... para mim, hoje sente-se mais do que noutra data a magia do Natal. A magia da terra que renasce para trazer nova vida na Primavera. E no fundo não é isso que o Natal representa? Nascimento, vida nova?

Venha o Novo Ano! Cheio de novidades - e de um ser adulto mais sincero e carinhoso.

Tudo de bom e Boas Festas, amigos... que se prolonguem por todo o ano!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

Despertar

Reencontrei-me no espaço entre luzes e sombras.
Descobri-me nos passos lânguidos e nervosos de quem se passeia sob olhares de escrutínio.
Vi-me pelos olhos das estrelas e mudei.
Gostei do que vi, descobri, reencontrei.
Aprendi que ser é simplesmente isso: ser. É-se, está-se, fica-se.
E há quem nos ame por isso, independentemente de tudo.
Hoje, acordei e gosto mais de mim.
Confio em mim.
Os meus limites serão sempre mutáveis.
Sei que sou capaz.
E sinto-me bem!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Statement of today's sunset

Binding my time, unwinding my mind ... some time longer than an instant, somewhere bigger than the sun.
I am free, I am me.
I am, simply.
Love me and let me be me.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ornitorrinco

O pobre ornitorrinco tem questões de identidade
tenta, tenta, com afinco mas quem é de verdade?
Cauda de castor, bico de pato,
procura com ardor saber quem é de facto.

Perguntou à mamã, perguntou ao papá
até perguntou aos manos, que disseram 'deixa lá'.
Decidido a saber onde é o seu lugar
onde pertencer, como actuar
parte o ornitorrinco pronto a explorar.

Primeiro passo, decide tentar o pato.
Passadas poucas horas, já não lhe serve o fato.
Debicar, debicar... e aquela forma de nadar?!
O pequeno não gosta de tanta pena
e discretamente sai de cena.

Do bico à cauda, mudança radical.
Vamos lá ver o castor, talvez seja ideal.
Mas logo vê que não, não é construtor...
roer árvores causa ao petiz muita dor.

Regressa ao ninho o ornitorrinco.
Cabisbaixo, suspira e levanta o trinco.
Espera-o a família ansiosa e preocupada.
A mamã abraça-o, aliviada.

O pequeno ornitorrinco já não busca uma verdade.
Ele é o que é, esta é a realidade.
Depois de tentar, procurar, experimentar e ver
aprendeu que ter vergonha de quem somos
não tem razão alguma de ser.

domingo, 19 de setembro de 2010

Five fundamental questions


Who what
When
Where
WHY
Just because
That’s not an answer
Just because
Who
 What when
Where
WHY
It was there
That’s not enough
It was there
Who
What
When where
WHY
I felt like it
And so you did it
I felt like it
What
When
Where WHY
It was nothing
Yet it was
It was nothing
Who
What
When
Where
WHY
And news are born.

Seed of Life


We are the Daughters of Lillith
Rising now to take the Earth
We are the Offspring of Eva
Come forth by right of birth
We are the Second Coming
The Bene eh Elohim
We are End and Beginning
Prepared for avenging.
We are the Heirs of Yesterday
The genii of Adonaï
We are Alpha and Omega
Forcing you to really see.
We are the Children of Light
Coming to take the world
We are the Mothers of Darkness
Creators of turmoil.
We are Human
Nothing more
Creators and Destroyers
Gods which you adore.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Repair in process... please wait

«I'm in repair
I'm not together but I'm getting there»

Um passo de cada vez!
Para a frente é que é caminho, lá diz o povo! Então siga, vamos lá desbravar este caminho tão trilhado mas sempre novo.

The song: John Mayer - In Repair

terça-feira, 14 de setembro de 2010

S.E.R.


É impressionante como nos auto-confundimos tão facilmente. Como duvidamos de nós mesmos e daquilo que já tínhamos como certo acerca de de nós. Como o que achamos saber sobre o mundo e os outros está sempre em questão, sempre em cheque, sempre sob análise.

Serei só eu que penso assim? Que penso TANTO assim?

Como alguém que muito estimo me diz tantas vezes, não sou um floco de neve único e especial. Certamente. Neste exacto momento, milhares de pessoas devem pôr-se as mesmas questões que me atormentam.

 Milhares de mulheres devem estar a olhar-se ao espelho (ou a ver-se reflectidas no écrã do computador), tal como eu, a perguntar-se se ele de facto tem algum interesse nela ou se é tudo fruto da sua imaginação. Se ele estaria interessado mas ela estragou tudo com algo que disse, fez ou escreveu... ou por ter sido demasiado ‘forward’ para os padrões da sociedade, tentando dar um passo em frente. Se calhar era cedo demais para tentar fosse o que fosse – e será que de facto foi uma tentativa?

Milhares de pessoas, milhões até, estarão a perguntar-se se as qualidades que apregoam são de facto reais e tantas outras devem, tal como eu, sentir-se desiludidas com o facto de não serem capazes de ser verdadeiramente a pessoa que pensam que são – não serem tão tolerantes como se acham, tão pacientes como se acham...and so on and so forth.

No fundo, a verdade mais básica é esta: por mais que se negue, nós estamos sempre em primeiro lugar. E ser um pouco egoísta é bastante saudável e faz maravilhas à saúde mental. Apenas temos de aprender que o nosso egoísmo tem de conviver com o de toda a gente. Os outros não vão ser altruístas para com os nossos desejos, tal como nós não abrimos mão dos nossos anseios pelos de outrém (atenção que falamos de necessidades mais que básicas, diria até primais.)

Só quero que gostem de mim. Só quero ser amada. Só quero ser ouvida, entendida, acarinhada. Quero sentir que SOU um floco de neve único e especial, porque há alguém que me vê assim, como algo precioso e frágil.
Mas não quero ser frágil sem força. Não quero ser única e só.

Tudo o que quero é amor. Quero amar, amar – não necessita ser perdidamente. Intensamente, isso sim. 
Amar e ser correspondida, nem que seja por um segundo fugaz.
Sou um poço de contradições, surpresas e desilusões.

Sou humana, nada mais.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

La Vie en Verse

Comme le jour
qui vient doucement
la vie est un cours
aussi un évènement.

Comme la nuit
qui cache la magie
la vie est un oui
et un non aussi.

Comme un copain
qui te fait rigoler
la vie est un demain
un désir de rêver.

Comme un père
qui aime son enfant
la vie est une mère
de coeur puissant.