domingo, 21 de setembro de 2008

Até breve

O fim de um olhar,
o fitar de um horizonte.
Este profundo sonhar,
profecias de boca de hierofante.
Quebra-se o espelho
do reflexo da medusa,
fita-me agora um velho,
é ele a saudade que me usa.
Jogo no chão as místicas runas
perguntando por ti e teu caminho...
Espalho minh'alma nas dunas,
buscando em vão o teu carinho.
O silêncio abate-se sobre a rua
e a noite escura sobre mim...
visto-me de tristeza nua
ultrapassando a barreira do fim.
O arcanjo viandante,
ceifeiro da seara das vidas,
não me afastará de ti.
O momento determinante,
em que se vão todas as dúvidas,
não será para nós o fim.
Como sombra protectora
estarás sempre comigo.
Que sejas recebido nos doces braços da Senhora,
meu mui amado amigo.

Até breve, Alex.

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