quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Broken barren and hollow

There is nothing left inside
the barren waste now sheds its last drop
as the soil goes cold and dead
the tears finally stop.

I re-negate myself
as I so often do
but somehow this time
I just know it's through.

There is no rhyme or reason
no time and surely no season
the earth remains silent and dead
there is no more path to tread.

I fail once again
in the main course of study.
I once again am shown
that I am to be none, to do none, to know none.

I present my resignation
the position of shitty friend does not suit me anymore
There you go, life, I quit
leave me be and close the door.

There is no path and no companion
no one to read my soul
I choose now to remain silent
as a way to keep control.

There is nothing left for me
having destroyed all I had
All I touch becomes broken
and that's why I am so sad.

No more demanding from me
rest assured and breathe relief
I shall be the pain and more
and change my name to grief.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Meu Amor

O meu amor
tem lábios de silêncio
e mãos de bailarina
e voa com o vento
e abraça-me
onde a solidão termina.

O meu amor
tem trinta mil cavalos
a galopar no peito
e um sorriso só dela
que nasce quando
a seu lado eu me deito.

O meu amor
ensinou-me a chegar
sedento de ternura
sarou as minhas feridas
e pôs-me a salvo
para além da loucura.

O meu amor
ensinou-me a partir
nalguma noite triste
mas antes ensinou-me
a não esquecer
que o meu amor existe.

- O meu amor existe, Jorge Palma


E é tão bom sentir assim, com certezas reais e sonhos inocentes...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Preces a um deus menor



Oh
Senhor da Escuridão, Daemos e Phobos da minha alma, porque me atormentais? Receio insano, temor sobre-humano, medo irracional!


Oh Senhora da Solidão, Somnus onírico do meu futuro, porque me esqueceis? Vazio expansivo, vácuo interminável, sofrer não justificado!


Oh
irmão da alma, sangue do meu sentir, porque me haveis abandonado? Conforto frio, carinho vão, toque inócuo!


Oh
anjo negro, paixão tépida da minha existência, porque vos levaram de mim? Desejo inacabado, anseio pútrido, amor sem mim!


Oh
minha melhor parte, Irmã e Mestre do meu ser, porque me deixastes? Companhia ausente, apoio esquecido, saudade premente!


Oh
Ego, eu que mais te escondes, porque sofremos assim? Ânsias, anseios, sonhos!" Falhas, derrotas, vidas perdidas!


Oh
companheiros, secretos camaradas da minha esperança, porque não a alimentais? Sonho presente, querer constante, futuro que não mais!


Oh
, meus amigos, não mais! Fazei da tristeza, riso; do sonho, verdade; da mágoa, lembrança; da saudade, amor! Vinde cantar uma lágrima e dançar no batimento de corações que anseiam sempre por mais!

domingo, 9 de agosto de 2009

Amar(guras)

Bem-vindos ao altar da desgraça, onde reside a solidão.
Bem-vindos à alma devassa, que por tudo nada passa, perdidos na escuridão.
Bem-vindos ao meu desespero, ao desassossego irrequieto de uma ânsia primal e preemente.

As boas vindas vos dou ao túmulo de um futuro que não será: um plano bem delineado, totalmente gorado. Apodrece na raiz do sonho, envolto em vã esperança pútrida, aquilo que podia ser, desejos de criança.

Acomodem-se bem, caros convidados, o espectáculo começa quando estiverem todos instalados. Da miséria, o retrato; do falhanço, o rosto; da solidão, o rasto; da falência de um esforço.

Escutem a música da alma quebrada, o negro cenário, a dança não coreografada. Observem o alcatrão onde penas se reproduzem, lamentos que tão bem da minha alma drenas, acordes de uma morte anunciada mas que teima em chegar.

sábado, 8 de agosto de 2009

Luz vítrea


Catedral de Palma de Maiorca... pré-gripe A, asseguro-vos! Não há contágio virtual a temer!

Entre rochas e ondas balanço esquecida


Para todos aqueles para quem o mar é um amigo, conselheiro, calmante...
aqui vos deixo um bocadinho do meu mar, de lágrimas centenárias feito.